sábado, 12 de fevereiro de 2011

PEQUENO DEVANEIO

São 3 horas da madrugada, estou na minha terra natal, Portimão,  acabei de chegar a casa, vinda da casa do meu irmão Ricardo. Quando estou em Portimão é inevitável não ir lá. Adoro a minha cunhada Rosa, nós duas formamos uma equipa fantástica, somos muito amigas e cumplices, não nos julgamos uma a outra, falamos de tudo um pouco, falamos da vida, das nossas filhas, das nossas emoções, dos nossos receios, enfim...com ela a conversa nunca mais acaba.
-Adoramos medronho, e vamos vasando uns copinhos ao mesmo tempo fumando uns cigarrinhos, e  confesso que ás vezes não é fácil o percurso de regresso a  casa, hoje como resolvi pernoitar aqui estive mais à vontade, e lógicamente fiquei lá mais tempo.
O meu irmão é musico e trabalha de noite, acabo muitas vezes por não o ver, ele regressa a casa sempre por volta 1 da manhã, e normalmente a essa hora eu já lá não estou..
Mas hoje foi engraçado, quando cheguei a casa dele por volta das 22.00horas, já a minha cunhada estava em pijama e robe, começamos na conversa, nos medronhos e nos cigarros, só que os cigarros acabaram.
-Já passava da meia noite quando resolvemos ir comprar um tabaquinho, deixamos os dois copos sobre a mesa e lá fomos nós já bem bebidas tratar de efectuar a compra, a minha cunhada nem se lembrou que estava de pijama e robe e entrou logo para dentro do meu carro. Já no interior da viatura e depois de engrenar  a marcha, começamos a pensar, se o meu irmão chegasse entretanto, o que ele  iria pensar , de não encontrar a esposa em casa, e dois copos sobre a mesa, mas chegamos á conclusão que ele iria pensar que ela teria saido comigo.
-Depois comecei a pensar que normalmente áquela hora a policia anda sempre na V6 , estrada que tinhamos que percorrer, e eu soprar o balão naquela situação não seria muito boa ideia, mas depressa se fez luz, ela estava de robe, e eu diria à policia que estava muito aflita e que iria levar aquela senhora ao hospital, ela teria sim que simolar uns áis!
-Nem sei as voltas que demos para fazer a nossa compra, achei rotundas a mais, mas enfim lá se comprou o artigo desejado.
-Quando chegamos a casa mortas de rir, sim porque para nós qualquer situação se torna comica, estava o meu irmão especado á porta a olhar-nos com um ar preocupado, e ainda ficou pior quando viu a mulher em trajes menores. Lá explicamos a situação e fomos para dentro de casa continuar o nosso serão.
-Recordo-me de há 30 anos atras beber com ela uma garrafa inteira de brandymel, hoje nem posso ouvir falar em tal bebida, mas naquele dia não sei o que nos deu, só me lembro que quando o meu irmão chegou a casa estavamos nós duas vestias debaixo do chuveiro, foi uma noite de loucos, enfim....parecia um filme!
-Não quero que fiquem com uma má ideia a nosso respeito, nós somos amigas para bem e para o mal, já passamos muitas tristezas juntas, mas também temos os nossos PEQUENOS DEVANEIOS sem incomodar ninguém!
Entre tanta coisa menos boa que nos surge no dia-a-dia, é importante às vezes termos uns momentos diferentes, termos uns PEQUENOS DEVANEIOS, e termos alguém que sabemos à partida que está receptivo a partilhá-los connosco, eu tenho, e estou muito feliz por isso!
PS: O Ricardo é o meu irmão do meio, e juntamente com a Rosa são pais da minha sobrinha Patricia!

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